sábado, 29 de janeiro de 2011

FEIRA DE VELHARIAS DA FUSETA

A Feira de Velharias da Fuseta pode ser visitada ao 1º Domingo de cada mês, durante a manhã. Realiza-se junto ao parque de campismo a meio casminho entre o casario e a praia com a ria em fundo. Inicialmente era promovida por um grupo de estrangeiros que solicitou um espaço na localidade para a sua realização com vista a enviar parte das receitas para uma instituição. Com o tempo o grupo dissolveu-se e a organização desta feira passou a ser da responsabilidade da Junta de Freguesia da Fuzeta.



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES

Para os amantes da Natureza e em particular para os amantes da observação de aves, a Casa do Pinheiro tem uma localização privilegiada, a partir daqui pode ir à descoberta da Ria Formosa. Basta estar preparado para fazer uma caminhada até junto à ria e disfrutar da paisagem e começar a observar a vida que abunda em todo o sistema de lagunas.

A Ria Formosa é um sistema lagunar que se estende por cerca de 60 km, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares, desde o Ancão até à Manta Rota.

Nesta vasta zona húmida existe uma grande variedade de habitats aquáticos e terrestres: sapais, restingas, bancos de areia e de vasa, dunas, salinas, pisciculturas, lagoas de água doce e salobra, cursos de água, vegetação ripícola, áreas agrícolas, matas e pinhais. Este facto revela-se na grande diversidade faunística e florística que aí se pode encontrar. A laguna encontra-se protegida do mar por uma linha descontínua de dunas estreitas, as quais formam cinco ilhas-barreira e duas penínsulas. Cerca de 3.600 ha estão permanentemente inundados.

São inúmeras as aves que nidificam nesta zona, nomeadamente:
Pernilongo
Alfaiate
Borrelho-de-coleira-interrompida
Chilreta
Gaivota de Audouin
Calhandrinha-das-marismas
É também uma zona onde se pode observar o Camão

BIRDWATCHING IN RIA FORMOSA

Now a UN recognised nature reserve stretching from west of Faro to the Ilha de Tavira in the east, is important for numerous water-birds, especially beach-nesting Charadrius alexandrinus and Sterna albifrons and for wintering waders and duck. Over 20,000 water-birds winter regularly. The reed-beds of the site and salt pans at Tavira are important for several nesting water-bird species, as well as for large numbers of migrating Passerines during both autumn and spring migration.
On land, holidaying birders regularly sight Short-toed Treecreepers, the Azure-winged Magpie, Serin, Golden Oriole, Waxbills, Hoopoe, Sardinian Warblers and Nightjars.
Ilha de Tavira , an easily accessible tidal lagoon system, is home to Redstart, Melodious Warblers and more common migrants in the mixed vegetation in the dunes, which flood at high tide.
Barrill Beach, between Santa Luzia and Luz de Tavira is reached by a miniature railway for the idle or a 10 minute walk for the vigorous. There are many creeks – and the Canal de Tavira – where waders and terns are plentiful.
The Tavira saltpans can be accessed from the road between St. Luzia and Tavira, or viewed from the road from Tavira to Quatro Aguas, the town’s beach. It is relatively easy to find parking spaces. Species to be found there include Audouin’s Gull, Greater Flamingo and breeding Avocet. Excellent close views of waders and Spoonbillls are possible.

From Casa do Pinheiro Manso you are less then a 500 metres walk from this birdwatchers paradise.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

LE CHIEN D´EAU PORTUGAIS


Le chien d'eau portugais, est une race de chien du groupe des chiens d'eau. On le trouvait initialement le long des côtes portugaises où il aidait les pêcheurs à prendre le poisson dans les filets. On le retrouva également sur des bateaux de pêche jusque sur les bancs d'Islande, servant quelquefois de courrier entre les navires.

Au Portugal, le chien est connu sous le nom de Cão d'Água ("chien d'eau") ou Cão Pescador Português ("chien pêcheur portugais"). On lui lui prête un poil hypoallergénique même si aucune étude scientifique ne vient le corroborer.
Cette race de chien a été portée à l'attention du public en avril 2009 quand le couple présidentiel américain, Michelle et Barack Obama ont choisi un chien d'eau portugais pour leurs filles comme animal domestique à la Maison Blanche, nommé Bo, devenant ainsi le nouveau First Dog. Le choix de cette race a été fait car Malia, l'une des deux filles Obama, est allergique aux poils de chien.

LE CHIEN D`EAU AU PARC NATUREL DE RIA FORMOSA

Carla Peralta parle de sa passion dans sa maison qui n'a rien d'un chenil. Son fils d'à peine trois ans roule à même le sol, surmonté de trois chiots, boules de poils veloutés et soyeux, noir de jais, comme des caniches de grande taille. Ces derniers et quelques autres, adultes ou petits de fratries différentes : le patrimoine à conserver. Carole Peralta explique avec passion.
Le parc naturel de Ria Formosa à Quinta de Marim – Olhão abrite le Centre d'éducation environnementale de Marim qui présente un grand échantillon de l'écosystème du parc : marais salants, salines, dunes, forêt de pins, agriculture traditionnelle. S'y trouvent aussi une ferme traditionnelle, un auditorium, une bibliothèque et un laboratoire de recherche.
C'est dans ce contexte que Carla Peralta élève des chiens d'eau. Avec leurs pieds palmés, ces derniers ont assez d'habileté pour rassembler les poissons et les faire entrer dans les filets. La maître-chien a longtemps été artiste, travaillant avec des animaux divers jusqu'à ce qu'elle découvre cette race. Elle est devenue l’une des éthologues les plus spécialisées.
Son but est de sauvegarder la race présente dans la région depuis plus de 2.000 ans. Actuellement, il en reste à peine 3.000 individus contre des centaines de milliers il y a peu. Comme ce sont des chiens très intelligents, calmes quand il le faut, actifs si c’est nécessaire et de bonne compagnie, beaucoup de gens veulent en faire des toutous. “La mode n’est pas bonne pour les espèces. Elle entraînerait une variation de la race.”
“Ce ne sont pas des chiens qui obéissent pour avoir une récompense. Ce n’est pas non plus qu’ils aiment nager, c’est uniquement qu’ils sont conscients de collaborer avec le pêcheur. Ils le font pour aider le pêcheur et ils ne le feront pas s'ils ne se sentent pas respectés.
Un code important chez les chiens d'eau, par exemple, les petits ne peuvent pas rester en présence d'une autre femelle que leur mère. Cela peut leur être fatal. Le chien n'aurait plus le même comportement de coopération avec un homme qui aurait violé cette règle.” Etrange animal !
Aujourd'hui les gros bateaux ont des sonars pour détecter les bans de poissons, des machines pour les capter. Qu'importe si on rejette chaque fois des tonnes de poissons asphyxiés ! “La pêche écologique avec les chiens ? Pourquoi pas ? Il existe bien l'agriculture biologique. J'y penserai”.

Hegel Goutier


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

AMENDOEIRAS EM FLÔR


O Algarve já está repleto de amendoeiras em flôr. Conhecem a lenda?
Lenda-das-amendoeiras-em-flor

domingo, 16 de janeiro de 2011

ECOVIA DO ALGARVE


A ecovia do Algarve percorre a região desde o Guadiana até Sagres. Entre a Fuseta e Olhão percorre trilhos dentro do parque natural da Ria Formosa permitindo ao ciclista sentir de perto o cheiro do mar e ouvir o chilrear das inúmeras espécies de pássaros que povoa a ria. Observar à vista desarmada uma garça real, um bando de cegonhas brancas ou de flamingos é mais que provável neste percurso. A tranquila paisagem marinha que se avista até às dunas das ilhas barreira ao longe são uma inspiração para continuar a pedalar. Sente-se no rosto o ar salgado levantado das salinas onde a água se torna lentamente em sal sob a luz do sol.
A casa do Pinheiro está apenas a 500 metros deste explêndido trilho da ecovia. Na última fotografia deste post pode-se avistá-la entre as outras duas silhuetas de casas brancas ao longe.

Mapa da ecovia junto à casa do Pinheiro: http://geo.algarvedigital.pt/index.aspx?poiID=101006&tema=ortofotos&scale=2500

sábado, 15 de janeiro de 2011

FLORA DA RIA

Narciso das areias
Chorão das areais
Cistanca

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

RIA FORMOSA NATURAL PARK

The Ria Formosa Park is one of the most beautiful natural wealths of the Algarve, both for the variety of its ecosystems and for its singular location. This incredible natural paradise spreads along 60 km, from the Ancão area (belonging to Loulé council) to the Manta Rota zone (on the Vila Real de Santo António council) and is the shelter for migratory and rare bird species.

There are only 2 rivers that feed the lagoon all year round. The rest of the streams and rivers are seasonal and dry up during the summer. The areas exposed in the lagoons can be completely submerged due to tidal influences. Islands in the area are sensitive and unstable and vary from 500 metres to 2 kilometres.

The area is used for mussel and oyster farming, though traditionally it was used for salt production as well as agriculture.
The objectives of the park are to preserve and develop natural resources. This helps in the preservation of natural habitats of wildlife. Although there is human activity in the park, it does not alter the equilibrium of the ecosystem as everything is done in a traditional way.

LONGAS PRAIAS DE AREIA BRANCA

A RIA FORMOSA: RESUMO

OLHÃO TEM ODORES...

Hoje ao acordar troquei-me todo. Acordei cedo para conduzir a minha mãe ao hospital para o seu habitual exame de sangue. Ajustava os atacadores dos sapatos quando percebi que poderia ter continuado enroscado nos lençóis neste dia de folga. Mas o mal estava feito e o melhor era aproveitar as horas de actividade ganhas inesperadamente.
Depois de alguns afazeres domésticos saí para Olhão na busca de um café e de um jornal. Bebi o café, li o jornal e depois apeteceu-me apanhar sol. Caminhei avenida abaixo, entrei na rua das lojas, infiltrei-me nas ruelas que antecipam os mercados municipais e encostei-me a um pilarete frente ao cais do Caíque.
Observei, de fora, aquele espaço que é na minha opinião o mais belo da cidade. Na ressaca do Natal os mercados não estavam especialmente animados. Os portugueses ainda estão a digerir o bacalhau com todos da consoada. As esplanadas estavam, contudo, animadas, sobretudo por forasteiros. Podia escutar o palrar animado em vários idiomas europeus, do omnipresente inglês ao alemão a outro que seria ucraniano. Desde os meus tempos de escola a cidade lavou a cara sem pressas, é certo; ainda queda muito por fazer nessa área, mas quem lhe anima as ruas sim. Os europeus de todas as nacionalidades são presença constante nas ruas sejam residentes ou imigrantes. Gente chegada de longe chama-nos a atenção para as estranhas línguas em que se exprimem e para a exótica beleza dos seus rostos. Tal como toda a região a cidade da restauração está muito mais cosmopolita. Ganhou em animação, ainda que os olhanenses sejam pessoas animadas e exuberantes por natureza.

De costas para a ria inspirei fundo e deixei-me inundar pelo cheiro a mar. A maré começava a encher e libertava um odor intenso a lodo, a sal, a marisco e a algas secas numa criação aromática inconfundível: uma criação natural a que damos o nome de Ria Formosa. Inspirei outra vez e percebi que é daquele cheiro, a chão de mar revolvido na apanha da ameijoa, que tenho saudades quando me ausento daqui. Era a falta desse cheiro da minha infância que me fazia desejar ir ver o mar nos anos que vivi em Queluz e mais tarde em Beja. Foi a necessidade dessa fragrância forte que inunda e molda a alma dos olhanenses que nunca me deixou partir, por muito tempo, deste lugar.

Reforcei a minha percepção de que é este o meu lugar no mundo, que é aqui que pertenço. Só esta combinação única entre arquitectura, a exuberância das gentes, as embarcações de pesca a balouçar nas águas da ria e o cheiro forte a maré vazia faz de Olhão uma cidade onde nos sentimos especialmente vivos.Deixei-me emocionar pelo privilégio de pertencer ali. Depois comecei a subir a cidade pelas ruas quase magrebinas laterais à rua das lojas. Cheguei ao café «A Brasileira» e entrei pela Vasco da Gama, passei pela pequena tipografia. Não estava a laborar. Quantas vezes me detive àquela porta para observar o trabalho cadenciado das máquinas. Era quase música para os meus ouvidos de criança escutar aquela maquinaria que mais parecia uma orquestra.

Subi a avenida com o tecto rendilhado pelas decorações natalícias e iluminada por um sol frio até ao carro. Voltei a casa seguro que serei olhanense até morrer. Adoro a cidade de Tavira e por vezes dou comigo a dizer que é a minha cidade, mas é a Olhão que eu pertenço e é o cheiro de mar em frente ao Caíque que eu quero que seja meu para sempre.